¬¬VALVERDE & MAGALHÃES¬¬

TRATADO DE TORDESILHAS
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Portugal_Espanha xHolanda

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  Tratado de Tordesilhas X Descobrimento do Brasil?

Sei q oTratado   de Tordesilhas foi assinado para dividir as terras do Novo Mundo entre a Espanha e Portugal. Datado de 7 de Junho de 1494
Mas a pergunta é, Como dividiram uma terra em 1494 q seria descoberta em 1500? Isso me faz pensar q até o descobrimento do Brasil foi uma farça, e q Colombo já sabia da existência das terras brasílicas antes mesmo da expedição cabralina.

O tratado  de Madri foi uma convenção assinada entre Portugal e Espanha, em 13 de janeiro de 1750, para assentar as fronteiras das possessões daqueles países na América do Sul. Verificada a impossibilidade de ser mantida a linha estabelecida no Pacto de Tordesilhas , assinado em 1494, foram revogados todos os atos ali especificados. No novo tratado uma cláusula determinava que a Espanha cedia a Portugal suas Sete Missões, no Uruguai, em troca da Colônia do Santíssimo Sacramento, mas as dificuldades na execução de tal medida, que acarretara despesas tremendas com a guerra das Missões, levaram à sua anulação e substituição pelo tratado de El Pardo, em 1761. Porém, este compromisso foi abandonado logo depois para dar lugar primeiramente ao tratado de Paris (1763), em seguida ao de Santo Ildefonso (1777), e finalmente ao Tratado de Badajoz (1801), que acordou a paz entre Portugal e Espanha, na Europa, mas não ratificou a convenção anterior (Na ilustração, mapa do Brasil com as terras da Coroa da Espanha na América Meridional, em 1749, utilizado pa delimitar os domínios dos reinos de Portugal e Espanha na América do Sul, fixados pelo Tratado  de Madri). Não só o tratado  de Todesilhas mas toda a Era dos Descobrimentos deveria de ser feita como «Memória do Mundo» pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) assim Portugal conseguiria fundos para pagar quem revistasse todos os docuemntos na TT e outros arquivos.O tratado  de Madrid fez de Alexandre de Gusmão o legitimador da epopéia bandeirante .

 

Mapa das Capitanias Hereditárias

O sistema de capitanias hereditárias foi instituído no Brasil em 1536 pelo rei de Portugal, Dom João III. Foram criadas 14 capitanias, divididas em 15 lotes e distribuídas a 12 donatários, que eram representantes da nobreza portuguesa. Em troca, eles eram obrigados a pagar tributos à Coroa. A partir das capitanias, foi inventado o sistema de sesmarias, que consistia na permissão do uso das terras para colonos.

Logo após o Descobrimento do Brasil (1500), a coroa portuguesa começou a temer invasões estrangeiras no território brasileiro. Esse temor era real, pois corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses viviam saqueando as riquezas da terra recém descoberta. Era necessário colonizar o Brasil e administrar de forma eficiente.

Entre os anos de 1534 e 1536, o rei de Portugal D. João III resolveu dividir a terra brasileira em faixas, que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Estas enormes faixas de terras, conhecidas como Capitanias Hereditárias, foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que recebiam as terras, chamados de donatários, tinham a função de administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Em troca destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como a permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região.

Estes territórios seriam transmitidos de forma hereditária, ou seja, passariam de pai para filho. Fato que explica o nome deste sistema administrativo.

Embora tenha vigorado por pouco tempo, o sistema das Capitanias Hereditárias deixou marcas profundas na divisão de terra do Brasil. A distribuição desigual das terras gerou posteriormente os latifúndios, causando uma desigualdade no campo. Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto poucos possuem grandes propriedades rurais.

Principais Capitanias Hereditárias e seus donatários: SãoVicente (Martim Afonso de Sousa), Santana, Santo Amaro e Itamaracá (Pêro Lopes de Sousa); Paraíba do Sul (Pêro Gois da Silveira),Espírito Santo (Vasco Fernandes Coutinho),Porto Seguro  (Pêro de Campos Tourinho), Ilhéus (Jorge Figueiredo Correia), Bahia (Francisco Pereira Coutinho). Pernambuco (Duarte Coelho), Ceará (António Cardoso de Barros), Baía da Traição até o Amazonas (João de Barros, Aires da,Cunha e Fernando Álvares de Andrade).

Em 1733, Francisco ***** Bandeira, a serviço da Coroa Portuguesa, já havia ocupado essas terras que se estendiam ao longo do Rio Gravataí, pela margem direita, situadas entre os rios Gravataí e Sinos onde, na paragem Guaixim-Sapucaia, instalou a sede de sua "Fazenda do Gravathay"- em localidade escolhida estrategicamente por serem altas, de boa visibilidade e seguras, depois chamada de Colina do Abílio, hoje, Bairro Estância Velha, ai se desenvolveu um pequeno núcleo populacional com a família ***** Bandeira e seus peões e agregados. Estância Velha e considerado o berço do povoamento pioneiro. Toda essa área, de três léguas de comprimento e uma de largura corresponde ao atual território do Município de Canoas. Em 20 de maio de 1740, Francisco ***** Bandeira recebe do Rei de Portugal sua Carta de Sesmaria.

Em 1534, o rei de Portugal decidiu criar as ca-

pitanias hereditárias. A Capitania de Porto Seguro

foi doada a Pero deCampos Tourinho , por Carta

Régia de 27 de maio de 1534. 27 de Maio de 1534 foi agraciado com a capitania de Porto Seguro por D. João III

Pero de Campos Tourinho e os colonos chega-

ram ao Brasil em 1535 e, no ano seguinte, foram cri-

adas as primeiras povoações às margens do rio Mu-

tari, com o nome de Vera Cruz, bem como a sede da

capitania, às margens do rio Buranhém.

Na véspera do Natal do ano de 1564, a povoação

de Vera Cruz foi arrasada pelos aimorés, entrando

em decadência. Em virtude dos constantes ataques

dos índios aimorés e das brigas entre Pero de Cam-

pos Tourinhoe os colonos, ocorre a mudança da po-

voação do rio Mutari para as margens do rio Ser-

nampetiba, sendo aí fundada a nova povoação, com

o nome de Santa Cruz. Nesse local residia, desde

1530, o português João de Tiba.

Diz Gabriel Soares que a vila de Santa Cruz foi edi-

ficada por Pero de campos Tourinho , possivelmente no

lugar onde teria existido alguma pequena feitoria (forta-

leza), quando ainda perduravam muitos tupiniquins.

 Pedro do Campo Tourinho casado c Dona Inês Pinto viajou para o Brasil em 1535 para tomar posse e demarcar sua terra. Trazia umas 700 pessoas: Toríbio de Medina, Diogo Garcia de Moguer, Jorge Dias Digno, piloto, e seu sobrinho; padres, pessoal administrativo, mestres e mareantes, oficiais de artes, agricultores sobretudo do Norte, exploradores de açúcar. Trouxe parentes: Lourenço Pinto, solteiro, seu cunhado; Antonio Pinto, criado; André e Fernando, filhos; Clemente Anes, seu procurador; Jorge Dias, um piloto seu sobrinho; Manuel Ribeiro, vianense, capitão de mar.

Teria vendido o que possuía em Viana, adquirido quatro naus e duas caravelas, animais, sementes, provisões. Viveu em Porto Seguro 11 anos e lá deixou a marca de seu génio pois construiu vilas, fortalezas, engenhos. Desbravou a terra, organizou a pesca, combateu os índios. Almeida Prado comenta, em «A Bahia e as Capitanias do Centro do Brasil, 1530-1626», que trazia muitas mulheres e população de minhotos e de madeirenses, ligados à agricultura e profissões, por isso começou bem. O mesmo autor comenta uma carta da rainha da Espanha a seu embaixador em Lisboa, D. Luis Sarmiento, em que se diz: «-Por la isla de la Gomera, que es en Canaria, casi al fuir del año pasado, paso una armada del serenisimo Príncipe Rey de Portugal, nuestro hermano, en que iban dos caravelas y dos naus gruesas y en ellas seiscentos hombres y mucha parte de ellos con sus mujeres y por capitan un Pedro del Campo, vecino de Viena, y algunos dicen que va poblar al Brasil».

Na véspera do Natal do ano de 1564, a povoação

de Vera Cruz foi arrasada pelos aimorés, entrando

em decadência. Em virtude dos constantes ataques

dos índios aimorés e das brigas entre Pero de Cam-

pos Tourinho e os colonos, ocorre a mudança da po-

voação do rio Mutari para as margens do rio Ser-

nampetiba, sendo aí fundada a nova povoação, com

o nome de Santa Cruz. Nesse local residia, desde

1530, o português João de Tiba.

Após o falecimento Pero de Campos Tourinho que  morreu em Portugal em 1556, sepultado em Lisboa. foi sucedido pelo filho Fernão de Campos Tourinho , na posse da capitania de Porto Seguro. O segundo donatário levou a capitania à desordem, vindo a sofrer ataques dos aimorés. Com o falecimento de Fernão de Campos Tourinho , sucedeu-lhe sua irmã, D. Leonor, a qual, com licença régia, vendeu a capitania a D. João de Lencastro, 1º duque de Aveiro, em 10 de agosto de 1559, que posteriormnete a legou a seu filho D. Pedro Diniz. A capitania jamais recuperou o fôlego. Suas rendas diminuiram. Quando Pero de Magalhães de Gândavo escreveu em 1570 sobre os engenhos no Brasil, que diz serem 60, que produziam anualmente 70 mil arrobas de açúcar, cita 23 em Pernambuco, 18 na Bahia, 8 em Ilhéus, 4 em Porto Seguro, outros 4 em São Vicente, um no Espírito Santo e um em Itamaracá. Mais tarde o jesuíta Fernão Cardim, na Informação da missão do padre Cristóvão de Gouveia às partes do Brasil, citará 155 engenhos com produção de 350 mil arrobas, 66 em Pernambuco, 36 na Bahia, 6 no Espírito Santo, 3 em Ilhéus, 3 no Rio de Janeiro e apenas um em Porto Seguro. Seria o engenho da Riaga, do duque de Aveiro, que foi queimado pelos índios e nunca mais o duque o consertou. A Relação anônima publicada pelo padre Serafim Leite, escrita provavelmente em 1578, menciona em Porto Seguro «engenhos de açúcar e povoações que iam em decrescimento, por efeito das progressivas assolações dos aimorés

Em 1759, a capitania de Porto Seguro passou para os bens da Coroa, vindo pepois a fazer parte da Província da Bahia.     O Governador-Geral da BAhia e Gov Geral do Brasil  era Diogo de Mendonça Furtado, substituto de Dom Luís de Sousa, desde 1621. Ele era o primeiro Governador e Capitão-Geral do Brasil nomeado pelo Rei Felipe IV da Espanha e já estava a dois anos nesta função. Como os demais Governadores nomeados, ele era digno dos mais altos elogios por seus méritos militares e administrativos quando em serviço em outros rincões do Império Ultramarino Português.

Avisado com antecedência por Madri, procurou se concentrar nos preparativos de defesa da cidade. Mobilizou todos os aptos para se revezarem na vigília e na construção de redutos, obstáculos, etc. Mendonça Furtado conseguiu arregimentar perto de 3.000 homens para defender a BAHIA.

   

 O povoado SANTA CRUZ DE CABRALIA    .

Nessa povoação foi construída uma capela dedi-

cada a Nossa Senhora da Conceição, elevada à cate-

goria de freguesia pelo Alvará régio datado de 2 de

dezembro de 1795.

Em 13 de dezembro de 1832, a povoação foi

elevada à categoria de vila de Santa Cruz. Posteri-

ormente, em 23 de julho de 1833, a vila foi elevada à

categoria de município.

Viveu o município autônomo até 8 de julho

de 1931, quando foi extinto pelo Decreto nº 7.479 e

anexado ao de Porto Seguro, ficando criada em sua

sede uma subprefeitura

·Ocorreu  inauguração da igreja de Nosso Senhor do Bonfim , na Cidade Baixa, em 1754. Foi nesse ano que a imagem de Cristo, trazida pelo oficial Teodósio Rodrigues de Faria, foi levada, seguida de um grande cortejo, da Igreja da Penha ao templo construído especialmente no bairro do Bonfim . A área do Bomfim tem como ponto de referência a colina onde foi erguida, entre 1740 e 1754, a Igreja de Nosso Senhor do Bomfim – uma das quatro basílicas da cidade. O templo, com fachada voltada para a entrada da Baia de Todos os Santos e que se destaca na topografia e na história da Península de Itapagipe, é o cumprimento de uma promessa feita pelo capitão da marinha portuguesa Teodozio Rodrigues de Faria durante uma tempestade em alto mar. A imagem de Nosso Senhor do Bonfimé adorada por romeiros católicos que chegam de todos os lugares e pelas baianas de acarajé, praticantes do candomblé, que fazem a lavagem do adro e das escadarias da igreja com água de flores do mês de janeiro. O jardim, que tem um chafariz ao centro, em frente ao santuário, as casas dos romeiros erguidas no século XIX, o Mirante da Sagrada Família, ao lado do hospital de mesmo nome, e o Solar Marback – uma típica residência suburbana do século XIX – são lugares procurados pelos visitantes da área. A venda de artesanato religioso e de fitinhas procura atender aos devotos e romeiro que vão assistir missas e pagar promessas.

·  Igreja de Nosso Senhor do Bonfim– Uma promessa do Capitão Teodozio Rodrigues de Faria deu início a irmandade de devoção ao Nosso Senhor do Bonfim em 1745 e às romarias de peregrinação ao templo a partir de 1754. A imagem do santo, feita sob encomenda em Setúbal, Portugal, chegou em 1740 e foi colocada na Igreja de Nossa Senhora da Penha, na Ribeira. A construção da Igreja de Nosso Senhor doBonfim durou 14 anos e o tempo foi inaugurado com a entronização da imagem, em 1754. As torres, porém, só foram concluídas em 1772. Sua fachada, voltada para o centro da cidade, é parcialmente revestida de azulejos brancos portugueses de 1873, que contrastam com a pedra morena dos cunhais, portais, contornos e parte frontal. A pintura do teto da nave é uma obra-prima do mestre Franco Velazco. A sala de ex-votos, por sua vez, é uma prova de fé de milhares de peregrinos que aí estiveram agradecendo graças alcançadas. A tradição de amarrar uma fita no pulso com três nós, repetindo em cada um deles o pedido, é sagrada entre os católicos e entre os praticantes do candomblé. Na segunda quinta-feira de janeiro após o Dia de Reis, uma procissão de baianas de acarajé acompanhada pelo povo sai numa caminhada de oito quilômetros da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia em direção à Igreja do Bonfim. Tipicamente vestidas e levando potes brancos com flores e água, as baianas lavam o adro e as escadarias do templo em meio a cantorias e saudações. O Hino ao Senhor doBonfim é uma música sagrada, sendo cantado em solenidades religiosas e cívicas do povo baiano.

O Historiador e cronista português Pero de Magalhães Gândavo é o autor da primeira história do Brasil. Nascido em Braga em data ignorada ( 1579?). No século XVI, a maioria das obras escritas no Brasil não foram feitas por brasileiros, mas sobre o Brasil por visitantes, chamada Literatura de Informação ou de Viagem. A esta literatura soma-se outra chamada Literatura Jesuítica, relato das incursões religiosas para catequização dos índios.Parte da historia do Brasil esta relatada pela editora   ZELIO VALVERDE atraves do livro PINHO, Wanderley, História de um engenho do Recôncavo 1552-1944.Rio, Ed. Zélio Valverde, 1946, pp. 73-83 e 193 .

http://www.sct.ba.gov.br/inventario_cultural_vol2.asp

ver este relato bem interessante

http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/nova-terra-santa-cruz.shtml

 estes

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_governadores_do_Brasil_colonial

http://www.sct.ba.gov.br/inventario_cultural_vol2.asp

 

O cargo de Governador-Geral foi criado pela primeira vez em 1549, por João III de Portugal, em favor de Tomé de Sousa; o de Vice-Rei foi instituído pela primeira vez em 1640, por Filipe IV de Espanha, a favor de D. Jorge de Mascarenhas, Marquês de Montalvão.

Contudo, nem todos os governadores coloniais que lhe sucederam ao longo dos setenta anos seguintes usaram o título de Vice-Rei, sendo este apenas conferido à mais alta fidalguia (de 1640 a 1719, foi atribuído somente três vezes: ao Marquês de Montalvão, ao Conde de Óbidos e ao Marquês de Angeja, tendo sido ainda nomeado Vice-Rei do Brasil D. Sancho Manuel de Vilhena, Conde de Vila Flor, mas que morreu antes de tomar posse do cargo); só se tornou permanente a partir de 1719 (com a nomeação de Vasco Fernandes César de Menezes, Conde de Sabugosa), muito embora não se conheça nenhum documento oficial que eleve o Brasil à condição de vice-reino (embora alguns sustentem que tal terá ocorrido com a transferência de capital de Salvador da Baía para o Rio de Janeiro, em 1763, após uma vaga do cargo durante um período de três anos).

Em 22 de Janeiro de 1808 o príncipe regente D. João chegou ao Rio de Janeiro, foragido às invasões napoleónicas, e aí instalou a corte e a capital do reino de Portugal, cessando assim funções o então vice-rei. Quase oito anos mais tarde, em Dezembro de 1815, o Brasil era elevado da condição de vice-reino a Reino integrado na Coroa de Portugal, formando-se assim o chamado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Em 1630, houve a invasão holandesa na região da capitania de Pernambuco. Embora atingidos por inúmeros insucessos na tentativa de domínio do território, os holandeses passam a ganhar força em suas incursões a partir dos auxílios que passaram a receber do mameluco Domingos Calabar. Este foi uma peça fundamental na tomada de certas cidades alagoanas pelos holandeses: Calabar não o fazia por dinheiro, mas sim acreditava que o domínio holandês era mais tolerante com os povos naturais daquelas paragens. Matias de Albuquerque malogrou em reintegrar Calabar ao mando lusitano, e fez com que um amigo de Calabar se infiltrasse nas tropas holandesas. Isto pôs derrota aos invasores, e Calabar foi enforcado por acusação de traição.

 Portugal e suas colônias estavam debaixo do domínio espanhol desde que Filipe II conquistara a coroa portuguesa em 1580. Com isso, ele pode afirmar com razão que no seu império o sol nunca se punha. Somente sessenta anos depois, em 1640, Portugal se livraria de Castela e constituiria de novo um reino independente sob o governo de D. João IV. Mas a história de Calabar se desenvolveu inteiramente no contexto do Brasil ibérico, quando, por algum tempo, não havia previsão de mudanças políticas.

Então, em 1630, a segunda onda de invasores holandeses alcançou a costa do Nordeste. Portugal e a Holanda geralmente gozavam de um bom relacionamento, inclusive por causa do seu inimigo comum, a Espanha. Na época do reino unido ibérico (1580-1640), a invasão flamenga fazia parte da guerra dos oitenta anos que a Holanda travava contra o domínio espanhol sobre os sofridos Países Baixos (1568-1648).*7 

A Ibéria continuou tentando recapturar suas províncias perdidas e esmagar a reforma religiosa naqueles rincões. A Europa sempre se admirava de como os Filipes conseguiam colocar exércitos bem equipados tão longe das suas terras, e sabia que o segredo era a riqueza oriunda principalmente das colônias americanas, inclusive do Brasil. De lá não vinha ouro nessa época, e sim grandes caixas do apreciado açúcar, branco e mascavo. Eram umas 35.000 caixas de 300 quilos cada uma por ano.*8 O paladar europeu estava se adaptando ao novo produto e o preço do açúcar estava em alta. A Holanda procurava “estancar as veias do rei da Espanha,” pelas quais fluía tanta riqueza, e muitos holandeses apoiaram de coração os esforços da Companhia das Índias Ocidentais no sentido de causar “prejuízo ao inimigo comum.”*9  

O domínio holandês do Nordeste durou quase um quarto de um século (1630-1654) e teve três períodos distintos. A primeira etapa abrange os anos da resistência ibérica e do crescimento do poderio neerlandês (1630-1636). O segundo período compreende a resignação lusa e o florescimento da colônia holandesa (1637-1644). Os últimos anos compõem a insurreição dos moradores portugueses e o fenecimento do domínio flamengo até a expulsão final (1645-1654). São períodos de aproximadamente sete, oito e nove anos, respectivamente. O florescimento da colônia holandesa coincidiu com a presença do Conde João Maurício de Nassau-Siegen como governador do Brasil holandês, e deveu-se em grande parte à sua pessoa. Especialmente na época nassoviana, mas de fato durante todo o período holandês, o Nordeste era como que um enclave renascentista*10 no Brasil colonial, com uma forte influência cristã reformada. A história de Calabar é parte integrante do primeiro período da ocupação holandesa, a da resistência ibérica contra os conquistadores recém-chegados.

Olinda, a capital da capitania de Pernambuco, caiu nas mãos dos holandeses em fevereiro de 1630. Sua conquista fez parte da “primeira guerra mundial... contra o rei do planeta.”*11 A composição das tropas invasoras refletia esse aspecto global, à semelhança dos atuais Gideões Internacionais, incorporando holandeses, frísios, valões, franceses, poloneses, alemães, ingleses e outros. Envolvidos na guerra contra Madri, todos se alegraram quando os “espanhóis” bateram em retirada.*12  Essa luta contra a Espanha tinha implicações profundamente religiosas. Embora a instrução do almirante Lonck estipulasse que todos os padres jesuítas e outros religiosos teriam de abandonar o país, ela reafirmava a “liberdade de consciência, tanto para os cristãos como para os judeus, desde que prestassem juramento de lealdade..., assegurando-lhes que (a Holanda) não molestaria ou investigaria as suas consciências, mas que a religião reformada seria publicamente pregada nos templos...”*13 Foi instituído um governo civil; um dos membros desse Alto Conselho era o médico Servaes Carpentier.*14 O exército ficou sob o comando do coronel Diederick van Waerdenburch, o governador, presbítero da Igreja Reformada, homem estimado pelas tropas. 

Em 1631, foi conquistada a Ilha de Itamaracá e construído o Forte de Orange sob a supervisão do capitão protestante Chrestofle Arciszewski, um nobre polonês.*15 Todavia, a expansão foi lenta, e outras tentativas de ampliar a conquista vieram a fracassar por causa da resistência dos luso-brasileiros, que eram grandes conhecedores da região e haviam adotado a tática de guerrilhas (“capitanias de emboscada”), o que deixou os holandeses praticamente encurralados. O próprio almirante Lonck quase caiu numa emboscada no istmo entre o Recife e Olinda, e o pastor Jacobus Martini foi morto no mesmo trecho.*16 O centro da resistência portuguesa estava localizado a uns seis quilômetros do litoral, em um terreno alagadiço no lugar denominado Arraial do Bom Jesus.*17 A Ibéria enviou uma armada de mais de 50 navios para recapturar Pernambuco, sendo que a maior parte da contribuição dada por Lisboa veio de empréstimos compulsórios de “cristãos novos” (judeus convertidos compulsoriamente ao catolicismo romano).*18  

Em setembro de 1631, a batalha naval de Abrolhos, no litoral pernambucano, ficou sem vencedor. Em seguida, as tropas espanholas, sob o comando do não muito benquisto conde napolitano Bagnuolo, desembarcaram em Barra Grande, no sul de Pernambuco, a cerca de cinco léguas do maior povoado da região, Porto Calvo, às margens do Rio das Pedras. Entre eles estava Duarte de Albuquerque Coelho, o novo donatário de Pernambuco, autor das famosas /Memórias Diárias/*19 sobre os primeiros oito anos dessa guerra colonial. Por ora a situação era de empate, os holandeses dominando o mar, os portugueses as praias. 

II. História 

Essa situação de virtual equilíbrio no Nordeste continuou até 22 de abril de 1632, quando um soldado de nome Calabar, homem muito forte e audaz, deixou o campo português e passou para o lado dos holandeses. Foi apenas por um breve período, pouco mais de três anos, mas teve conseqüências para toda a época flamenga. Calabar não foi o único a passar para o outro lado, mas sem dúvida foi o mais importante entre eles. Era um homem inteligente e grande conhecedor da região, que já tinha se distinguido e ficado ferido na defesa do Arraial sob a liderança do nobre general Matias de Albuquerque.*20 

No Brasil
Em 1727, a Coroa Portuguesa enviou à Guiana Francesa uma expedição, cujo principal motivo era tentar trazer sementes de café, extra-oficialmente, já que na época não era permitida a comercialização dos mesmos. Assim foi feito e as plantas foram cultivadas no Pará e no Maranhão, dando início à cafeicultura no Brasil.

No Rio de Janeiro também vieram plantas da Índia e, a partir de então, a cultura expandiu-se de maneira rápida. Incentivados pelo Vice-Rei Marquês do Lavradio, e pelas condições climáticas favoráveis, o café passou a ser cultivado por fazendeiros do sul e sudeste. As plantações de café foram fundadas em grandes propriedades monocultoras trabalhadas por escravos. E, antes mesmo das primeiras discussões sobre a abolição, cafeicultores iniciaram o assentamento de imigrantes nas fazendas de café, com o intuito de prover seus empreendimentos de mão-de-obra.

Constituiu-se, assim, um dos ciclos econômicos mais importantes do Brasil. Desde então, a produção de café no país apresentou tempos de expansão e de crise de acordo com as variações na economia mundial. Hoje os principais estados produtores de café são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

'QUEm PERDEU SEU PASSADO NAO TEM O FUTURO'